segunda-feira, 26 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Pós-soneto

nossas vidas shangri-lá desbotaram
ficamos todos a ver navios
rumos e caminhos se apagaram
nossos sonhos, velas sem pavios
londres, arembepe, são francisco
trindade, katmandu, são tomé
direções de se correr o risco
com paz, amor e muita fé

secou a fonte da utopia
chão a chão, dia a dia
tudo o que era céu desabou

lírios e delírios transcendentais
sleep bag e bad trip nunca mais
viagens que a realidade chapou


zhô bertholini

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desejo a você

Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu


Arquiteta Ana Mello

quinta-feira, 22 de abril de 2010

“Simplesmente Eu, Clarice Lispector” chega a São Paulo


Depois de passar pelos palcos de Brasília, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" chega a São Paulo. A peça está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, entre os dias nove de abril e 20 junho.

O monólogo, dirigido, adaptado e interpretado pela atriz Beth Goulart, promove um profundo diálogo entre a jornalista e escritora Clarice Lispector e as principais personagens que criou, no intuito de formar uma discussão de variados temas, entre eles a vida e a morte, Deus, solidão, aceitação e inspiração.

Um dos grandes objetivos da peça é o fomento à leitura. Além da utilização de depoimentos, entrevistas e correspondências da autora na composição do texto do espetáculo, trechos de algumas obras de Clarice como "Perto do Coração Selvagem" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus" também foram utilizados.

A produção "Simplesmente Eu, Clarice Lispector" já foi vista por mais de 46 mil pessoas e recebeu duas indicações ao Prêmio Shell 2009 pela atuação de Beth Goulart e pela iluminação do cenário, Além disso, a peça recebeu convites para participar de bienais literárias nacionais e internacionais e mostras teatrais como o Festival Internacional de Midelo, em Cabo Verde.


SERVIÇO
De 9/4 a 20/6 - sextas e sábados às 19h30 e domingos às 18h
Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 Centro / SP
Informações: (11) 3113-3651 / 3113--3652
www.bb.com.br/cultura
Valor: R$ 15,00 e R$ 7,00 (meia-entrada)

domingo, 18 de abril de 2010

Eduardo: não resisti

Ele invadiu minha casa, como se fosse aqui o castelo dele. E na sua inconsciência felina, vai levando a existência em hábeis e macios pulos, quebrando a rotina do dia com súbitas hibernações de gato-menino. Ele nunca se exaspera, as ameaças do cão nada mais exige dele do que brandas patadas. Na rotina dos dias quentes, passa um tempo circulando com gratitude na vizinhança, depois volta, desfilando com orgulho suas sete vidas intactas. Gosta de brincar com as franjas velhas do tapete, pois tudo para ele é recentíssimo. Quando quer, usa pés e pernas como fonte de carícias, mas não atende ao miado falso quando o querem próximo. Come pra cachorro a ração para o cão que ele não é. Espalha pêlos claros, enevoando móveis, expulsando o sobrinho alérgico da vida deste tio displicente. Fez um estrago enorme nos jarros com plantas do quintal, pintando patas de lama nas escadas nestes dias de alguma chuva. Quando chego avariado e caio no sono, ele dorme no tapete ao lado a minha cama. Entendemo-nos muito bem em nossa compartilhada narcolepsia. E escorre seus músculos, pele e ossos mínimos no alaranjado feio da capa do meu sofá, e faz a casa, de repente um pouco mais bonita. E enquanto o fotografo, penso comigo que o Cazuza errou, porque neste mundo feroz só os gatos [amados] são felizes. Por Eduardo Araújo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Parabéns Santo André


Passando pela Rua Cel. Oliveira Lima me lembrei que amanhã é aniversário da nossa cidade e passeando vi o quanto esta cidade deveria ser melhor cuidada pelos seus moradores, que pagam impostos e não estão nem aí pra ela....

O lixo é uma constante pelas ruas do Centro, o maltrato pelos seus monumentos e obras de arte (Ah!! se o Sacilotto visse o que fazem com sua obra!! Tristeza!!!

Dia 08 de Abril...dia de comemeração.... mas é uma grande pena que as boas comemorações ficaram pra traz...

Santo André.. Parabéns... e que as suas ruas sejam melhores cuidadas!!

terça-feira, 6 de abril de 2010

CLAUDIA LIMA em NÃO DEIXE O SAMBA MORRER

https://www.facebook.com/events/1870742896365187/ “Samba agoniza mas não morre” já disse o mestre Nelson Sargento. É tempo de resis...